quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Treine seu Silêncio


Grandes e pequenas cidades estão sofrendo cada dia mais com a agitação e o barulho impostos pelo crescimento.
Esse problema tem sido potencializado ainda mais pela deseducação vigente. É raro poder desfrutar de momentos que proporcionem tranquilidade e calma. Em todos os lugares há correria, falatórios, buzinas de carros, música alta, pessoas falando ao telefone, etc.
Entretanto, há uma variedade de atividades que não podem ser feitas e nem sequer contempladas, se o ambiente não ajudar. Como ouvir uma orquestra e perceber a beleza do som de cada instrumento, com tantas coisas acontecendo ao mesmo momento?
Como alcançar a busca do conhecimento nos bancos de uma biblioteca, sem que consigamos mergulhar nas letras do livro?
Como estar em um museu, diante de obras raras, ricas em técnicas e expressão, e não se calar para contemplar?
Já pensou tentar assimilar uma matéria complexa em uma sala onde os alunos estão em desordem?
Se para as coisas seculares o silêncio já vale ouro, o que diremos das coisas espirituais?
No desejo que o povo tirasse o máximo de proveito das instruções, o Altíssimo disse certa vez: Guarda silêncio e ouve, ó Israel!. Deuteronômio 27.9
Ele não fala quando estamos falando, e sim quando estamos sedentos em silêncio para ouvirmos.
Aprendemos também com o que parece um detalhe na construção do Templo de Salomão do passado, mas é um ensino fundamental para os nossos dias.
Edificava-se a Casa com pedras já preparadas nas pedreiras, de maneira que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro se ouviu na Casa quando a edificavam. 1 Reis 6.7
Pesados blocos de pedras eram minuciosamente talhados na pedreira, de modo que quando chegavam à construção, os trabalhadores habilidosamente os encaixavam. Houve também o mesmo procedimento com toda a madeira e metais usados na obra. Tudo foi conduzido de maneira que cerca de 180 mil homens trabalharam por 7 anos, no mais profundo silêncio e reverência.
Se a construção foi assim tão diferenciada, imagine quando chegou o dia da dedicação ao Templo e o subsequente privilégio em poder estar lá, mesmo que fosse nos seus pátios!
Muitas pessoas têm sido frequentes na igreja, porém têm perdido o que é mais valioso de Deus, simplesmente por não se atentarem à reverência ao sagrado.
Antes de começar os cultos, elas se envolvem em conversas paralelas, risos e assuntos que só as distanciam do espiritual.
É difícil ver pessoas que se programam para chegar mais cedo aos cultos e que permaneçam em espírito de oração. O ruído das pedreiras é o que mais tem se ouvido nas igrejas, e aceito como algo comum.
No silêncio, revelamos um comportamento de temor e apreciação diante de Deus, como diz: Bom é aguardar a Salvação do Senhor, e isso, em silêncio. Lamentações 3.26
A comunicação e o aprendizado espiritual não combinam com o atropelo das palavras e grande ruído, como muitos pensam. Se assim fosse, o Senhor Deus não teria levado Seus servos para os silenciosos desertos, como Abraão, Moisés, Elias, João Batista e o Senhor Jesus. Ali Sua voz não competiria com mais nada, seria única e audível.
Hoje somos as pedras vivas do Templo de Deus (1 Pedro 2.5), se obedecermos à Sua direção, seremos encaixados perfeitamente em Seus propósitos.
Portanto, que o nosso sacrifício espiritual diário contenha a reverência que Ele merece.
Autora:  Núbia Siqueira

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