terça-feira, 22 de setembro de 2015

Uma gravidez por dia nos bailes funk

Adolescentes cercados por sexo, drogas e música alta

No meio da rua, centenas de pessoas dançam provocantemente. O som alto na madrugada incomoda os vizinhos e impede trabalhadores e estudantes de dormirem. São os conhecidos bailes funk realizados a céu aberto. E não adianta chamar a polícia. Mesmo que atendam ao chamado e acabem com essa festa, ela recomeçará semana que vem, ou amanhã. Talvez até mesmo hoje, dependendo da prepotência dos organizadores.
Ao som do “pancadão”, adolescentes e crianças bebem cerveja, vodca, vinho, o que for. Usam drogas. Beijam-se descontroladamente e, pior: muitos arrancam suas roupas ali mesmo, na rua, em frente a todos, e entregam-se ao sexo irresponsável.
Somente em São Paulo, de acordo com o secretário Estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, a polícia recebe aproximadamente 400 denúncias de bailes funk ilegais a cada fim de semana. Praticamente impossível controlar.
A maior parte do público é formada por pessoas entre 10 e 25 anos, entre meninas e meninos, quase todos de periferias. A coordenadora do Programa da Adolescência do Estado de São Paulo, Albertina Takiuti, acredita que, por ano, 340 meninas entre 10 e 14 anos engravidem nesse tipo de festa.
Ao acreditarem que estão se divertindo, esses jovens colocam em risco as suas vidas. Muitos andam armados. Quase todos se arriscam a sofrer com DSTs e o vício em álcool e drogas. Outros não se importam em gerar uma vida ali mesmo, no meio da rua. E qual o motivo?
Esquecer o sofrimento
“Acreditava que aqueles momentos seriam bons para me fazer esquecer um pouco meu sofrimento. Foi aí que vieram as boates, bailes funk, curtidas, farras e bebidas.” Quem conta isso é Fernanda Batista, mineira que procurava eliminar a tristeza com divertimentos passageiros, que depois traziam ainda mais dor.
Com problemas dermatológicos desde os 11 anos de idade, ela sofria com depressão. “À medida que eu crescia, sonhos e planos iam se perdendo. Estava me tornando complexada, insegura e totalmente desmotivada”, afirma ela.
Fernanda tornou-se agressiva e, quando tudo parecia perdido, encontrou a falsa felicidade dos outros jovens. Cada um tinha seus próprios problemas, mas ali, na balada, todos pareciam completos.
“Fiquei com vários garotos que jamais imaginaram minha situação. Só que as bebidas, misturadas aos efeitos dos remédios controlados, causaram efeitos terríveis, piorando o que já era péssimo.”
Fernanda acabou hospitalizada e, obviamente, os “amigos” a abandonaram. Quem apareceu enquanto ela estava internada foi Outro: Jesus. Uma obreira da Universal evangelizou a menina, então com 16 anos, que logo descobriu onde buscar a cura e a felicidade.
“Hoje sou uma nova mulher. Uma jovem que descobriu Quem realmente é Amigo de verdade. Sou feliz, amo meus pais, estou curada, sou obreira e, acima de tudo, uma prova de que milagre não é coisa do passado. Realmente parecia impossível eu mudar, mas mudei”, afirma.
Uma entre muitos
Fernanda era deprimida e acreditava que o baile funk a ajudaria. Sentia um vazio dentro de si e queria preencher.
Muitos jovens buscam aceitação entre os demais para aceitarem a si mesmos. Outros querem muitos amigos para “serem felizes” e os procuram nesses ambientes. Há quem defenda que o baile funk é a “forma de expressão” da periferia, porque os pobres não têm acesso à diversão.
Os motivos são vários, mas a solução é uma só. Os pais devem abrir diálogo com os filhos, entendê-los e indicar que só há um caminho a percorrer. Já os filhos devem buscar aceitar a conversa e os conselhos dos pais.
Por Andre Batista

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