quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ESTUDANTES SAEM DA IGREJA DURANTE A UNIVERSIDADE


Por que isso acontece e como evitar o esfriamento da fé durante o curso?


Cursar uma faculdade é o sonho da maioria dos jovens. Para isso, levam meses pesquisando em qual universidade entrar, a carreira a seguir e estudam por anos para passar no vestibular. É um investimento pesado de tempo, dinheiro e força de vontade. E ao colocar o primeiro pé dentro da sala de aula se deparam com uma realidade totalmente diferente, até então: pressão, prazos apertados, uma nova forma de pensar e de se relacionar com os professores, entre outras coisas.
Se para qualquer jovem isso já é um choque, para um jovem cristão pode ser muito mais, pois ele se depara com situações bastante delicadas: convites para ir ao bar com os colegas depois da aula de sexta-feira; ideias que contrastam com sua fé; pessoas que o questionam a respeito da Igreja e da Bíblia. Além disso, tem de lidar com uma rotina muito mais cansativa e, muitas vezes, acaba deixando o relacionamento com Deus em segundo e até terceiro lugar. E, nessa nova jornada, muitos acabam desistindo da fé.
Angélica Silva (foto abaixo), de 22 anos, teve essa triste experiência. Ao iniciar os estudos, pensou que, ao fazer novas amizades, poderia apresentá-las a Deus e ao trabalho da Força Jovem Universal (FJU), mas acabou se deixando levar pelos pensamentos dos colegas.
“Comecei a me achar careta no meio deles, pois todos diziam: ‘A Angélica é muito certinha.’ E pelo curso ter pessoas de opiniões muito fortes, achava que tinha que ser do mesmo jeito que eles. Foi quando comecei a ir a festas da faculdade e barzinho depois da aula, ignorando totalmente aquilo que antes eu achava errado”, lembra ela.
Dessa forma, Angélica se afastou da Igreja e assim ficou, por cerca de 3 anos. Contudo, em fevereiro deste ano ela retornou, na reunião mensal para mulheres no Templo de Salomão. “Fui sem grandes pretensões, mas Cristiane Cardoso (palestrante) pregou sobre os oito sintomas da mulher orgulhosa e vi que, se tivesse 200 sintomas, eu me encaixaria em todos. Decidi me entregar a Deus e prometi a Ele que daria prioridade a tudo que fosse sobre Ele. Me batizei nas águas no mesmo mês”, conta ela, feliz.       
Dentro da Igreja, longe de Deus
Mas o problema não é só o estudante sair da Igreja e voltar a se envolver diretamente com o mundo. Ao se deixar levar pela rotina, cansaço e cobranças é muito comum a pessoa deixar o relacionamento com Deus esfriar; deixa de orar ou o faz de forma mecânica, e ir às reuniões de domingo pela manhã já não é uma prioridade, por exemplo. Isso também é extremamente nocivo para a Salvação, já que o cristão fica fraco e vulnerável aos ataques do mal.
Paulo Santana (foto ao lado), de 32 anos, é analista de sistemas, e passou por essa situação. “Quando fiz um curso técnico eu me esforçava para ir à igreja, ainda que já tivesse acabado a reunião, eu saia do curso e ia para lá fazer uma oração. Mas na faculdade eu já não tinha a mesma disposição. Parei de me envolver com o trabalho do FJU. Isso trouxe problemas espirituais que refletiram na minha vida, no meu casamento”, conta.
Por 1 ano, Paulo permaneceu assim: estava na igreja, mas frio e distante do Senhor. Mas quando decidiu voltar para o FJU e se envolver com os projetos, se reascendeu na fé. “Aprendi que não vale a pena lutar para conquistar as coisas deste mundo se eu não colocar Deus em primeiro lugar. Hoje tenho um bom emprego e luto pelo meu crescimento profissional, mas não deixo de priorizar a minha vida com Deus.”
Como se manter firme
“Não podemos desprezar os estudos, mas nós decidimos o que priorizamos. A Bíblia nos mostra um jovem chamado Daniel que estudava, era sábio, mas em nenhum momento desprezou a sua comunhão com Deus (Daniel 1.4 e 6.10). Portanto, em cada escolha, decisão e investimento devemos sempre ter em mente que a nossa prioridade é a nossa fé”, ensina o bispo André Cajeu, coordenador da Força Jovem Universal em São Paulo.
Alice de Andrade (foto ao lado), de 25 anos, segue esse ensinamento enquanto cursa a faculdade de jornalismo. Ela afirma que a maior dificuldade enfrentada foi em relação à vida sentimental. “Resistir a propostas, as perseguições e os questionamentos por eu não “ficar”, como é a moda do mundo. Mas nunca pensei em desistir, sempre que passo por esses momentos difíceis eu procuro me envolver mais com a Obra de Deus e com as amizades da fé. Porque se eu pensar que sou autossuficiente, vou ceder e cair”, afirma.
O FJU também conta com o projeto Universitários, criado para incentivar o ingresso na vida acadêmica, realizar ações sociais e estimular os estudantes a exercer o lado cidadão. Palestras e encontros para debates sobre temas atuais fazem parte do calendário do projeto.
Por Rafaella Rizzo

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